As melhores músicas de Lady Gaga


Lady Gaga é uma das maiores referências do pop contemporâneo, conhecida pela ousadia e pela capacidade de se reinventar a cada era. Sua fama é marcada por faixas e videoclipes fantásticos, uma trajetória construída sobre inovações visuais, vocais e performáticas que mudaram o cenário musical global. Pensando nisso, a equipe do Aquele Tuim reuniu suas 10 melhores músicas – não apenas os grandes hits, mas também faixas que ajudam a entender a complexidade e a genialidade por trás de seu legado. Em uma semana de tanta celebração, vem revisitar (ou descobrir) momentos essenciais da carreira de uma das artistas mais revolucionárias da música pop com a gente!



10. “Just Dance”


Com “Just Dance”, Lady Gaga transformou o delírio das festas em um hino atemporal, marcando sua estreia com o álbum The Fame em 2008. Lançada com o apoio de Akon, a faixa tornou-se um sleeper hit, pulsando em batidas viciantes que traduzem o hedonismo da noite. Com estética futurista e letra simples, mas cheia de subtexto, Gaga usou a pista de dança como metáfora para o caos interior, inaugurando uma nova era no pop. - Viviane Costa



9. “Bloody Mary”


“Bloody Mary” viralizou um tempo atrás numa versão acelerada no TikTok, referenciando a série Wandinha da Netflix. Mas essa música é muito mais do que isso. É uma das canções mais brilhantes e complexas da carreira de Gaga, que é rica em simbolismos históricos e religiosos, trazendo Maria Madalena como figura central da música e mostrando seu lado mais humano e romântico por Jesus Cristo. Sua sonoridade sombria e seu lirismo é poderoso, especialmente por essa narrativa sobre um profundo amor e uma vida marcada pela dor, mas que, mesmo com essa crucificação, é necessário seguir e se libertar do sofrimento. É profunda e belíssima. - Vit



8. “The Edge of Glory”


“The Edge of Glory” é uma catarse imperfeita que explora a potência da vocalidade de Gaga em tempos em que o foco de sua arte eram os seus visuais. Seus instrumentais refletem a força da voz de Lady Gaga, e também utiliza-se um dos melhores aspectos da carreira da artista: sua facilidade em compor refrões marcantes, que são lembrados até se você nunca ter escutado a música. Em suma, apesar de ser uma faixa que não se destaca entre os singles dirigidos na era Born This Way, ela é uma das mais interessantes da antiga discografia de Gaga. - Lu Melo



7. “Poker Face”


Pouquíssimas coisas são mais capazes de levar um coletivo de gays numa balada à loucura e polvorosa do que os acordes iniciais de “Poker Face”. Talvez pela força da canção nos temas meio de traição, meio de segredo; talvez pelo instrumental espinhoso, viciante; quiçá pela ponte que está na ponta de uma multitude de línguas até hoje. A verdade é que “Poker Face” é uma tour-de-force (e Gaga a-do-ra falar outras línguas sem motivo aparente) e testemunhar desse poder é tão fácil quanto dar play num espaço lotado, à meia luz (de teto), à plena luz (colorida, de espelho). Até Lady Gaga parece ter autoconsciência profética do fantasma cultural que criou, vide o primeiro verso “I wanna hold’em like they do in Texas, please” - Pedro Piazza



6. “Dance In The Dark”


Um dos não-singles mais celebrados de sua discografia, “Dance In The Dark” traz a essência da artisticidade de Gaga. Representando o medo do julgamento dentro do conceito de The Fame Monster, ela é uma ode à feminilidade transgressora sem deixar a vulnerabilidade de lado. A fusão do europop radiofônico com o electroclash disruptivo rendeu um refrão hipnótico venerado pelos fãs. Ainda que um produto inegável de sua época, a faixa soa igualmente catártica nos dias de hoje. “Encontre sua liberdade na música / Encontre seu Jesus, encontre seu Kubrick”. - Tobia Ferreira



5. “Marry The Night”


Em "Marry The Night", Lady Gaga encerrava uma das suas maiores e mais icônicas eras. Com um clipe de 13 minutos e muita extravagância, a canção embala um dance pop impactante e contagiante, cujo refrão fica colado como um chiclete caro. As guitarras envolvem a atmosfera e cria um espaço onde apenas há a Gaga cantando sobre achar forças e continuar sendo única. Ela abraça a sua própria derrota e assume isso, criando mais motivação para embalar um hino – e que ótimo jeito de encerrar a era "Born this Way". - João Vitor



4. “Bad Romance”


"Bad Romance" marcou um divisor de águas na carreira de Lady Gaga. Com seu refrão hipnótico, videoclipe inovador e impacto cultural imediato, a faixa não só consolidou Gaga como uma força pop única, mas também redefiniu os padrões da música pop no final dos anos 2000. Seu sucesso estrondoso mostra a importância de "Bad Romance" como um dos maiores marcos da artista – toda boa alma canta “Ra ra, ah-ah-ah, Roma, roma-ah, Gaga ooh la-la” em plenos pulmões se a faixa começa a tocar. - Eduardo Ferreira



3. “Yoü and I”


O amor pode ser fervoroso, aconchegante e às vezes cruel, e não existe maior perfeição sonora que “Yoü and I” para exibir e saudar todas as camadas possíveis deste sentimento. Utilizando sample da famosa “We Will Rock You” da banda Queen, a canção é um hino centralizador da paixão, a colocando acima de tudo. Somado a isso, pode ser considerada uma adoração e gratidão às origens e inícios de ciclos em nossas vidas (que, de certa forma, estão ligados ao amor) que é representado pelo estado do Nebraska, nos EUA. - Davi Landim



2. “Judas”


A partir da alusão à figura de Judas Iscariotes — símbolo de uma relação traiçoeira, mas irresistível — Lady Gaga, constroi em “Judas” uma dualidade que explora os conflitos entre bem e mal, fé e desejo, devoção e traição. Essa tensão se manifesta por meio de sons sintéticos que evocam máquinas e engrenagens, instaurando um ar mecânico e apocalíptico. Com um ritmo marcado em quatro tempo, a faixa contrapõe trechos suaves e melódicos, de caráter quase litúrgicos, a explosões de batidas intensas, criando uma sonoridade pop de tom quase sacro e ritualístico. - Brinatti



1. “Paparazzi”


Há um conjunto de acertos muito interessante em “Paparazzi”, que a torna um dos poucos exemplos de como certos signos de composição instrumental, ritmo e lírica (em contexto de mercado, inclusive) conseguem se fixar no imaginário popular a ponto de provocar uma certa transcendência — ultrapassando a impressão de ser apenas uma música pop comum. O verso “I'm your biggest fan, I'll follow you until you love me” comprova muito bem isso ao remeter tanto ao clipe quanto à apresentação da cantora no VMA de 2009, em que o sangue escorrendo pelo seu corpo durante a performance fixou-se como a marca definitiva de uma faixa que trata, sobretudo, das múltiplas obsessões humanas – o amor, a fama, o dinheiro — como se fossem temas simples, que qualquer artista pop poderia abordar, o que é irônico, e que, no fundo, nem faz sentido. Achar que alguém além de Lady Gaga poderia fazer essa mesma canção é a evidência mais gritante de como ela soube dominar o momento, o instante, a fórmula irreplicável, o sentimento exato, os arranjos e a melodia que dispensam qualquer categorização. Já parou para pensar quando teremos uma nova “Paparazzi”? Talvez nunca, e nem falo isso por pura retórica em exaltar o que todos, talvez, já tenham compreendido a esta altura do campeonato. Mas a distância que se estabelece a partir desses signos criados e dominados por Gaga, é o que esclarece de uma vez por todas o porquê desta ser sua melhor música. - Matheus José

Aquele Tuim

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