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O novo single de Lady Gaga, "Disease", é tudo o que menos poderíamos esperar dela, mas também é tudo o que ela faria para nos surpreender. É uma peça seca, que funciona positivamente com o sequenciador ligado à potência industrial máxima. Marcada por gritos e um chamado por amor, seu tema central exibido entre doses de horror, a faixa de fato acena para seu pop produzido por uma maquinaria suja, insalubre e desasseada que fez de The Fame Monster e Born This Way álbuns estranhos até mesmo para os padrões alternativos da época. "Disease", no entanto, não é tão atraente quanto os maiores sucessos de Gaga neste terreno que mistura amor e horror, sons industriais e pop de fachada; soa até um pouco seguro demais quando comparado aos principais singles da artista. Mas isso não importa, o que Gaga precisava fazer — e fez — é alimentar uma ruma de gays depois da chatice de “Die With A Smile” com algo que demonstrasse que ela ainda está em forma, principalmente como uma diva aquém do que esperam dela, do que pode entregar ou do que pretende provocar, e nesse quesito não há dúvidas de que “Disease” seja sua maior provocação desde “Applause”.
Selo: Interscope
Formato: Single
Gênero: Pop