Crítica | Overdrive


★★★★☆
4/5

Hard rock tem que ser linear: riffs que te fazem assobiar junto, baixos marcantes, baterias feitas para serem reproduzidas no air-drums e um vocalista com presença de voz. E os caras de The Hellacopters entregam mais do que prometem.

Nicke Andersson, o guitarrista e vocalista do grupo conseguirá alcançar (se é que já não alcançou) o lugar de "cara legal do rock" – aquele mesmo que tem Dave Grohl (apesar dos vacilos gritantes) e foi fundado pelo saudoso Lemmy Kilmister. Justamente por Andersson conseguir se reinventar a cada álbum, sem perder a essência, e isso fica claro já na faixa de abertura, "Token Apologies".

“(I Don’t Wanna Be) Just a Memory” dá uma pisada no freio necessária após as duas faixas, mas logo “Wrong Face On” te faz colocar o pé no acelerador de novo. O álbum segue uma linha, e usando novamente a metáfora da montanha russa, há pequenos trechos que descem, mas de leve. O ponto mais forte do álbum é na faixa “Leave a Mark” que tem um dos melhores solos, instrumentais, riffs e transições rítmicas da carreira do grupo.

O The Hellacopters é um belo dedo do meio para todos que ainda acreditam na mentira de que o rock está morto. “Overdrive” é um gigantesco impulso elétrico em um coração que nunca parou. Tem muita lenha para queimar.

Selo: Nuclear Blast
Formato: LP
Gênero: Rock / Hard Rock
Victor Persico

Nascido em Santos (SP), formado em Jornalismo e estudante de Publicidade e Propaganda, social media e colecionador de discos. Crítico, colunista e redator, já colaborou com outros blogs culturais, fazendo coberturas, resenhas e entrevistas, sendo também administrador do Som na Vitrola no Instagram. É redator do Aquele Tuim, fazendo parte da curadoria de Rock.

Postagem Anterior Próxima Postagem