Crítica | Madame Salame


★★★☆☆
3/5

Com uma sonoridade jovem e despretensiosa, o trio Madame Salame apresenta seu primeiro EP, que resgata a charmosa estética do rock alternativo dos anos 90. A banda é formada por Hanna Halm (baixo e voz), Lety Lopes (guitarra e voz) e Juliana Marques (bateria e voz) e oferece cinco faixas que exploram a nostalgia da época de ouro do indie rock.

Essa sensação de nostalgia é evidente logo de início, com as duas primeiras faixas, “Decaf” e “Zero a Zero”, que trazem um rock dançante e divertido, remetendo diretamente a época em que The Strokes era a sensação do momento. A sequência do EP mantém o ritmo acelerado em “Corredor de Espera”, a qual adiciona mais peso e, ao mesmo tempo, incorpora elementos do bom e velho rock alternativo. Logo depois, o ritmo desacelera em “Brilho Intenso”, uma faixa que, apesar do seu instrumental denso e carregado, se destaca como o ponto alto do disco.

O EP é lindamente encerrado com “DM Tinta”, uma homenagem à artista Dâmaris Felzke, falecida em 2024. A música carrega a urgência de se expressar artisticamente em meio ao caos urbano. Mesmo diante das dificuldades e da monotonia do cotidiano, a canção celebra a cor e a vitalidade de quem transforma o mundo por meio da arte.

Selo: Efusiva
Formato: EP
Gênero: Rock

Vit

Sou a Vit, apaixonada pelo universo musical desde que me entendo por gente, especialmente por vocais femininos. Editora sênior e repórter no Aquele Tuim, onde faço parte das curadorias de Música Latina/Hispanófona e Pop.

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