Discos Favoritos de 2023 (até agora)



Confira quais foram os nossos discos favoritos lançados na primeira metade de 2023.

Hoje, a redação do Aquele Tuim se reuniu para fazer uma lista contendo os nossos discos favoritos do ano — até agora — no que tange o cenário alternativo e experimental. Cada pessoa escolheu dois discos que, em tese, representam o gosto musical e individual do seguinte contexto. Confira:




Raven
Kelela

Em Raven, Kelela doma os ânimos fervorosos das pistas de dança a seu favor. Tensionando diversas experimentações e vertentes da música eletrônica em uma abordagem introspectiva e melancólica, a artista pincela com maestria os caminhos tortuosos e irregulares de uma verdadeira jornada do amor. — Felipe




*1
Rắn Cạp Đuôi

Rắn Cạp Đuôi, coletivo vietnamita de música experimental, provoca o histórico da vertente ao se comprometer com o otimismo. *1 é um conjunto de paisagens sonoras irregulares, ambientadas numa tarde ensolarada e construídas por colagens, glitchs e choques elementares entre o surreal e a catarse. — Felipe




GOOD POP
PAS TASTA

GOOD POP leva seu título a sério ao criar através da fusão de j-pop e hyperpop ricas camadas sonoras que elevam a maneira de se fazer experimentações com música eletrônica. — Joe Luna




ION
CIFIKA

Em seu segundo álbum de estúdio, ION, a produtora, dj e cantora coreana CIFIKA faz alusão à química para mostrar sua evolução artística em um excelente disco eletricamente forjado pela perda e ganho de elétrons. — Joe Luna




Sem Limites
DJ RaMeMes (O DESTRUIDOR DO FUNK) 

Em Sem Limites, DJ RaMeMes eleva o funk à potência máxima do gênero como vertente eletrônica da música urbana brasileira. O álbum, conduzido por diversas interpolações, colagens e samples, avança rumo ao terreno mais complexo e, por vezes, pouco acessível do que havia sido feito pelo artista e em seus outros projetos. É um banho de texturas, arranjos e melodias que transcendem qualquer expectativa. — Maqtheus




gush
soft tissue

Impor sutilezas e detalhes que só podem ser captados com uma escuta atenta, enquanto reconstrói texturas e sons, são características precisas do trabalho de soft tissue em gush. O minimalismo, reafirmado por meio da simplicidade aplicada com um viés de empirismo, constrói camadas irregulares e de puro estranhamento. — Maqtheus




Give me a moment
Dean Blunt

O último EP de Dean Blunt, um dos mais notáveis produtores de música experimental da atualidade, foi lançado sem qualquer sinal e disponibilizado para download durante 2 semanas via wetransfer. Give me a moment conta com uma forte melancolia e temas maduros associados a relacionamento. Como sempre, Blunt utiliza-se de muitos samples — incluindo um sample de "pretty girls make graves", da banda The Smiths, o qual considero o melhor do ano — cheios de reverbs e num clima atmosférico que ajudam o sentimento de solidão de uma pessoa que, sempre grava de forma independente, em seu pequeno estúdio — Tiago Araujo




Out of the Playground
Alessandra Rombolà

A flautista, intérprete e artista contemporânea Alessandra Rombolà é conhecida por seu trabalho dentro da música de improviso. Seu novo álbum não é diferente, porém, há uma clara decisão de experimentar novas texturas. Enquanto em muitos de seus trabalhos anteriores recentes ela trabalhava com trabalhos específicos para flauta, em Out of the playground, ela eleva a trabalhar com inúmeras formas de sopro. Isso vai desde o uso de instrumentos (clássicos ou não), até a ressignificação do uso de assobios, sopros, sons da natureza, de pássaros e, até mesmo, o uso de ondas sonoras que servem para se misturar a todos esses elementos de respiro — às vezes é até difícil distinguir o que é cada elemento. Consequentemente, isso marca um uso bem claro dos instrumentos eletrônicos dentro da instrumentalização do álbum, o que cria uma experiência sensorial inigualável diante dos lançamentos do ano. — Tiago Araujo




Desire, I Want To Turn Into You
Caroline Polachek

O sucessor do incrível Pang, de 2019, é um álbum que mistura diversos estilos musicais, desde influências da música folclórica celta até elementos eletrônicos. Apesar de ser lançado em 2023, esse trabalho evoca uma grande sensação de nostalgia, especialmente dos anos 90. — Vit




Girl In The Half Pearl
Liv.e

Liv.e apresenta um trabalho que mescla toques de jazz e música eletrônica, criando uma atmosfera acolhedora em qualquer ambiente. — Vit




Praise a Lord Who Chews but Which Does Not Consume; (Or Simply, Hot Between Worlds)
Yves Tumor

O álbum tem uma paleta detalhada de sons e belas texturas. As canções são emotivas, melancólicas e o lirismo aborda temas que vão de corações partidos, infância à espiritualidade — tudo isso enquanto o artista procura manter viva a experiência do ouvinte. — William




Jesus Ñ Voltará
Mateus Fazeno Rock

Jesus Ñ Voltará expõe as ideias moralistas, religiosas e reais de um Brasil inventado que se sustentam até hoje nas comunidades. Somos sobreviventes desse caos e isso nos torna brasileiros. — William
Aquele Tuim

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