Parte do apelo que fez Lady Gaga conquistar o mundo de forma meteórica foi seu empenho visual em tratar os videoclipes com a mesma grandeza que nomes como Michael Jackson, Madonna e Björk sempre demonstraram. Naquele período, final dos anos 2000 e começo dos anos 2010, não bastava um investimento milionário, bons cenários e músicas que conquistassem o público — era preciso unir tudo isso com uma criatividade mordaz e uma intenção genuína de chocar. Essa foi, em partes, a fórmula que a artista adotou — e que, depois dela, o mundo passou a seguir. Pensando em celebrar esse impacto definitivo e sua vinda ao Brasil, nós nos reunimos, votamos e elegemos os 10 melhores videoclipes da Mother Monster!
10. Poker Face
Um marco do ano de 2008 – e com muita razão. “Poker Face” é marcada por sua estética futurista, ousadia, excentricidade e todas as características que fazem Lady Gaga ser uma artista tão única. Seu videoclipe, lembrado por uma locação luxuosa e cenas que se dividem entre sensualidade e diversão, reforçam a atmosfera enigmática da música, consolidando Gaga como um ícone pop inovador e visualmente impactante. - Eduardo Ferreira
9. Marry The Night
Visualmente simbólico, “Marry The Night” é onde a dramaticidade se mistura com a fragilidade. A representação do renascimento e da libertação, mostra Gaga através de uma dor eufórica que transcende a despedida de uma versão mais frágil de si mesma. Dançando em um cenário por vezes minimalista, a artista se une à sua própria identidade, abraçando tanto suas luzes quanto suas sombras. É a revelação da sua forma interior e da sua vulnerabilidade, celebrando a reconciliação consigo mesma. - Brinatti
8. Born This Way
Não há como não se emocionar ao ver Lady Gaga abordar uma pauta tão importante — especialmente em tempos em que tantos artistas optam por ocultar suas opiniões em prol do benefício próprio. O clipe é um curta-metragem ambientado em uma grande passarela, uma homenagem à comunidade LGBTQIAPN+ que, em diversos momentos, se inspira em videoclipes icônicos de apoio à causa, como o de “Express Yourself”, de Madonna. Born This Way impacta com uma estética abstrata que remete aos filmes de extraterrestres dos anos 60, combinando elementos futuristas com uma narrativa densa e emocionante sobre uma civilização alienígena que vem à Terra com a missão de extinguir preconceitos e desigualdades. - Lu Melo
7. G.U.Y. (An ARTPOP Film)
G.U.Y (An ARTPOP Film) é um dos auges artísticos e estranhos de Lady Gaga. Sua inspiração está no luxo provocativo e nas histórias gregas, também se baseando em sua forma de ser artista e em como a era ARTPOP impactou a sua vida pessoal e profissional. O clipe, cheio de detalhes embalados em uma coreografia agitada e elementos escondidos em 11 minutos, nos mostra uma verdadeira Gaga: atípica, sensual, icônica. "ARTPOP", "Venus", "G.U.Y." e "MANICURE" trilham o caminho perfeitamente de uma jornada visual. - João Vitor
6. Applause
A excentricidade de Lady Gaga é uma marca registrada de toda a sua carreira. Isso atravessa todos os seus clipes, mas “Applause” evidencia que, para além da “estranheza”, Gaga é uma obra de arte viva — alguém que não precisa de muito para causar impacto em qualquer ambiente onde esteja. Sua maneira de incorporar o surrealismo, referências a obras clássicas e uma teatralidade corporal que distorce a lógica da cultura pop de massa é, de fato, magnífica. Apesar da subestimação, ARTPOP — e, essencialmente, “Applause” — reafirma o marco que Gaga cravou: um objetivo que por anos foi visto como sem sentido, mas que hoje se mostra cada vez mais presente. Sua arte transcende o tempo presente. - Lu Melo
5. Alejandro
Misturando estética militarista, referências religiosas e cultura queer em uma atmosfera monocromática inspirada no cinema mudo, “Alejandro” combina batida europop — influenciada por Ace of Base e com alusão a ABBA — para criticar a repressão sexual e a cultura heteronormativa. Provocativo e teatral, Gaga transforma fé e desejo em arte, discutindo identidade, poder e resistência. - Viviane Costa
4. Paparazzi
De certa forma, "Paparazzi" é uma música elementar de Lady Gaga — e isso se estende ao seu videoclipe. Em mais de sete minutos, entre cenários luxuosos e paradisíacos, ele apresenta uma história de queda e vingança, cheio de metáforas visuais que representam as faces mais ambíguas sobre a fama. Exuberante e icônico ao extremo, ele é, também, a bússola norteadora do que ela apresentaria posteriormente na sua iconografia visual. - Felipe Ferreira
3. Bad Romance
O videoclipe de Bad Romance foi o primeiro de Lady Gaga a alcançar a marca de 1 bilhão de visualizações — e não é à toa. É considerado por muitos o maior ato da música pop neste século, essencialmente por ter marcado época e elevado o nível da produção audiovisual, que até então parecia retroceder cada vez mais. Os clipes mais premiados daquele período eram os de nomes como Taylor Swift, pra se ter noção. Gaga, então, brincou com o surrealismo, trouxe a moda de volta como parte da linguagem de um pop destemido, sobre paixão e também libertação. - Matheus José
2. Judas
Como é tênue a linha entre o pop e o além-pop, como é fino o limite entre sagrado e profano, entre sensualidade e algo tacanho, vulgar. É nesses espaços que Gaga cresce quando apresenta Judas, regado ao couro que remete ao BDSM e a masculinidade que emana dos motores e da fumaça, tudo enquanto anuncia um teor religioso (de traição, óbvio) e de tensão entre duas forças que não deviam, mas se encontram numa luta meio amorosa, meio doída. Fora a iconografia mariana e as bandanas e as maças de ouro e as motocicletas. Um primor. - Pedro Piazza
1. Telephone
O icônico videoclipe de “Telephone” é um verdadeiro marco da cultura pop — e a presença de Beyoncé deixa tudo ainda mais incrível. Afinal, é a Beyoncé! As duas grandes popstars se uniram para um pop perfection, usando cenários e referências inspiradas no universo de Quentin Tarantino. Não tinha como dar errado nesse que é, até hoje, um dos maiores acontecimentos da música pop. Com mais de nove minutos de duração, o clipe conta uma história intrigante e divertida, em que Lady Gaga é presa e, depois, resgatada por Beyoncé, que aqui atende pelo nome de Honey Bee e vira parceira de crime de Gaga após envenenarem os clientes de uma lanchonete. Tudo isso acontece por meio de coreografias memoráveis, visuais extravagantes e acessórios únicos, como os óculos de cigarro e o look de Gaga enrolada em fitas de cena do crime. É incrível ver Beyoncé mergulhada de cabeça no universo extravagante de Lady Gaga. E até hoje, fãs sonham com uma possível parte 2 desse momento tão especial. Absolute cinema. - Vit
Tags:
Especiais