
★★★☆☆
3/5
3/5
Loner consegue extrair emoções divergentes com o passar das faixas, e o principal elemento para tal feito é, sem dúvidas, o sintetizador. É impressionante como Joshua Mainnie tem o domínio completo do principal elemento da indietronica, obtendo como consequência um leque robusto de emoções ao longo do disco, desde as faixas dançantes às mais atmosféricas e emotivas.
Em diversas canções, é evidente o quanto o disco consegue ser estapafúrdio, tanto em faixas repetitivas como “Different” e “Still Riding”, quanto em faixas que não possuem uma coerência exata no desenrolar da lírica (“Machine Noise For A Quiet Daydream” e “The Person You'd Like To Be”) mas, ao mesmo tempo, não escapa de alguns padrões da música eletrônica presentes em “Cars Pass By Like Childhood Sweethearts” e “Kimpton”.
O tema central do disco encontra-se em aspectos de personalidade. Em muitos momentos, há comparativos do eu-lírico em relação aos amigos e pessoas que ele gostaria de ser. O modo de agir, as interações, a necessidade de ser engraçado e divertido… os debates são muitos, e, se tratando de um LP focado em músicas radiantes de verão, é uma ótima surpresa, já que é bem improvável encontrar um assunto tão pessoal em materiais nesse estilo.
Exceto pelos momentos de certa limitação criativa em relação ao gênero, Barry Can't Swim se consolida como uma boa alternativa, superando seu trabalho inicial e ampliando seu modo de explorar a indietronica.
Selo: Ninja Tune
Formato: LP
Gênero: Pop / Indietronica