Crítica | SISTERHOOD



★★★★☆
4/5

SISTERHOOD eleva as características mais marcantes do digicore e as junta com alguns dos mais gêneros experimentais e delicados do rap, o resultado? Uma absoluta imaterialidade musical.

Os samples e a miríade de manipulações nos sintetizadores pipocam a todo canto, de modo que nem uma repetição excessiva consegue ser o suficiente para descamar uma das maiores cebolas musicais já criadas no rap. É camada atrás de camada atrás de camada, finalizando numa das experiências mais psicóticas e psicodélicas de 2023, transcendendo, e muito, seus conceitos ao passo que se consolida.

Poucos álbuns desconstroem e reconstroem os conceitos que fundam o hip hop em tempos recentes, mais raros ainda são os que simultaneamente passeiam pelo art pop e pelo R&B alternativo. Com apenas 17 anos essa pessoa fez um dos discos mais surpreendentes do ano passado, o que será que elu fará no futuro? Lutarei para minhas expectativas permanecerem inexistentes, pois sei que nada as atenderá.

Selo: Independente
Formato: LP
Gêneros: Hip Hop / Digicore, Cloud Rap
Sophi

Sophia, 18 anos, estudante e redatora no Aquele Tuim, em que faço parte das curadorias de Rap e Hip Hop e Experimental/Eletrônica e Funk.

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