Crítica | Saviors


★★★☆☆
3/5

Saviors tinha como premissa buscar o perdão dos ouvintes e fãs pelo álbum antecessor, visto que o último LP pode se enquadrar como um dos piores álbuns punk da história da música, com péssima produção, letras fúteis, rasas e que parecem ter sido feitas às pressas e com desleixo.

Aqui, é notório o carinho que o grupo teve ao produzir, escrever, desenvolver e executar por completo a obra. Saviors passa longe da perfeição, possui uma absurda monotonia em longos trechos do disco, fora diversas partes descartáveis em certas letras (“bada bing, bada bing bada boom” repetidas vezes em One Eyed Bastard, francamente…). Porém, a evolução (ou a volta ao padrão) desde seu último trabalho é notória, por mais que não seja difícil, mostra o comprometimento dos integrantes com seus fãs.

Ainda que Saviors possua temáticas e momentos interessantes, ao mesmo tempo, escancara como o Green Day parou no tempo após American Idiot; o que é preocupante se tratando de uma das maiores bandas do punk. No meio desses 20 anos, obviamente nem tudo foi um desastre, visto que 21st Century Breakdown não é um disco ruim, entretanto, nenhum lançamento do trio obteve um impacto grandioso entre o público e a crítica, e, em Saviors, mesmo sendo o melhor desde American Idiot, não é diferente. Apesar disso, ainda conseguimos enxergar lenha para queimar no grupo, já que “Father To a Son” e a faixa de abertura “The American Dream Is Killing Me” são ótimas e realçam diante das outras canções.

A volta de Green Day é, num geral, competente; mesmo passando longe de seus dias de glória dos anos 90 e 2000, a banda nos entrega um material justo e divertido, embora a clara falta de inspiração em algumas partes do disco.

Selo: Reprise
Formato: LP
Gênero: Rock / Punk
Davi Landim

Meu nome é Davi, curso jornalismo e sou viciado em escrever sobre música. No Aquele Tuim, faço parte da curadoria de Rock.

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