Os melhores discos de música pop de 2025

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Uma lista com Lady Gaga, Addison Rae, Amaarae, JADE, Carly Rae Jepsen, Tapeworms, Gaby Amarantos, Rochelle Jordan, Marina Sena, PinkPantheress e mais!

Quando resolvemos criar uma lista somente de música pop, tínhamos a ideia de que talvez seria a lista mais “bagunçada” de todas. É difícil prever – e às vezes é muito fácil – o que o ouvinte de fato ouviu desse gênero ao longo de 2025. Uma certeza? PinkPantheress. Um tiro no escuro? João Gomes. E esse é o espírito da lista. Sabíamos que aqui teriam discos que nossos redatores ou falaram muito bem, ou criticaram com todos os adjetivos do mundo. Mantemos a ideia, pela diversão, e o resultado é bastante interessante, pra não dizer sem sentido às vezes. Apenas se jogue!

A presente lista foi elaborada a partir de uma votação interna, considerando o top 15 individual de todos os nossos redatores, pensando na curadoria de música pop, com discos selecionados de 15/11/2024 a 15/11/2025.



30. Midnight Sun - Zara Larsson


Uma obra radiante e autêntica do pop performático que transforma a percepção do gênero com uma mistura de sonoridades que revisitam décadas passadas, mas com uma contemporaneidade ímpar, trabalhando perfeitamente dentro do dance-pop centrado na EDM. Com autonomia e domínio técnico consegue ser leve sem ser superficial, além claro, da sua aclamação universal, este é, sem dúvida, um dos álbuns mais brilhantes do pop neste ano. - Viviane Costa



29. The ART of Loving - Olivia Dean


A narrativa de que amar é uma arte que requer prática é bem definida em The ART of Loving. Das nuances afetivas mais idealizadas às conexões voltadas ao indivíduo e às experiências passionais, Dean reflete sua sensibilidade com uma transparência um tanto interessante, que soa ainda mais forte diante de sua voz. Mesmo que este não seja seu álbum mais interessante, marca uma virada importante ao abraçar uma sonoridade inspirada no pop setentista. É nesse movimento que surge algo realmente atraente; uma sutileza que se mantém delicada, reservada e carregada de propósito. - Brinatti



28. THAT’S SHOWBIZ BABY! - JADE


JADE impressiona em sua primeira obra solo, exibindo um dance pop satisfatório e não comercial, já que aposta em diferentes sons em uma única música. A faixa de abertura “Angel Of My Dreams” destaca exatamente isso, uma canção excêntrica que parece conectar três músicas em apenas uma. Mais do que isso, um projeto que a artista dificilmente conseguiria fazer junto de seu grupo em hiatus. - Davi Landim



27. Fe3O4: FORWARD - NMIXX 


Ao longo de sua carreira, NMIXX buscou se consolidar como um grupo singular no cenário do pop coreano em um conceito inventivo. Fe3O4 é a realização concreta de sua proposta de um pop criativo em um dos discos de k-pop mais inventivos dos últimos tempos. NMIXX realiza uma mistura eclética e divertida de referências de diferentes estilos de música eletrônica – como o trip hop em “High Horse” e wonky em “Slingshot” –, com o pop/R&B em um registro muito cativante. - Davi Bittencourt



26. Dancin’ In The Streets - Rat Heart


Dancin’ in the Streets expõe o método de Tom Boogizm: montar músicas a partir de camadas imperfeitas, com vozes que sussurram e ecoam, uma guitarra que se comunica com o blues e o folk quase como um DIY, cruzando loopings, flautas, e até flamenco na tradução da instabilidade. As colaborações funcionam como extensões desse processo, reforçando um disco que opera no atrito entre registro caseiro e experimentação. - Leonardo Zago



25. LOOP:GLAMOUR - loopcinema


Sabrina Love, vulgo loopcinema, une a neo-psicodelia retrofuturista de Magdalena Bay, as levadas groovadas de Ana Frango Elétrico e, por vezes, samples de funks cariocas da virada do milênio. Seu pop maximalista e de produção impecável constrói uma mitologia em torno de sua figura cativante e estranha. Uma estrela underground em ascensão que sabe criar sentido na confusão de suas referências. - gambito de rafinha



24. Dois Lados - João Gomes 


Será que é cedo demais para nomear João Gomes como O grande popstar desse país? O homem tem os números, a voz, os hits (e bons hits), e ainda traz um som nosso... Simplesmente não há outro concorrente à altura. Dois Lados, sua contribuição mais pop até agora, só confirma esse status – entre colaborações com Pabllo Vittar e Vitinho Ferreira, o pernambucano esbanja seu carisma enquanto intérprete. No final, você de fato acredita que ele é o vaqueiro mais romântico do Brasil, e é difícil não se apaixonar. - Marcelo Henrique



23. Every Video Without Your Face, Every Sound Without Your Name - Lucy Liyou


O álbum constrói uma narrativa íntima sobre perda e afeto, guiada por um minimalismo que transforma silêncio em emoção. Lucy Liyou trabalha tensões entre relações românticas e familiares com sutileza, usando pausas, distorções e vozes etéreas para revelar camadas ocultas. A obra aposta na imperfeição como linguagem, criando atmosferas fragmentadas, melancólicas e humanas. - Talita Mutti



22. E•MO•TION (10th Anniversary Edition) - Carly Rae Jepsen


A edição de aniversário de E•MO•TION, além de reafirmar tudo o que o disco estabeleceu de ritmos tão coloridos quanto um arco-íris e composições sobre amor que não encontramos em nenhum outro lugar dez anos depois, também expande e prolonga a grandiosidade dessas músicas no escopo geral da música pop. É o tipo de disco que você decora com facilidade e sai por aí cantando, querendo viver um romance que traga a mesma alegria que ele expressa em seus melhores momentos. - Matheus José



21. VERAS I - Vera Fischer Era Clubber


Vera Fischer Era Clubber é o resgate da cena cool underground brasileira. VERAS I mergulha em canções de palavras faladas, seguindo o mesmo estilo do incrível duo NoPorn. A vibe aqui é completamente noturna, com batidas eletrônicas perfeitas para festinhas descoladas, habitat natural dos esquisitos. - Vit



20. West End Girl - Lily Allen


Lily Allen fala de forma aberta e irônica sobre os traumas que enfrentou após o fim do casamento com David Harbour. Seu álbum mistura pop eletrônico, trazendo músicas bem animadas junto com outras mais emocionais, de assuntos como traição, inseguranças e um relacionamento tóxico. É um trabalho sincero e forte, que mostra toda a coragem dela de colocar para fora assuntos difíceis. - Vit



19. Time Flies - dexter in the newsagent 


O primeiro projeto completo de dexter in the newsagent traz uma das visões mais brilhantes e interessantes do pop da virada do milênio. Começando pela suavidade com a qual seus instrumentos sintéticos são pensados para compor uma trilha que se aprofunda em questões humanas tão pesadas e carregadas de energias transbordadas, e que são transmitidas de forma tão leve… A mixtape mira fortemente em pequenos elementos que salpicam o ritmo: é um Y2K que parece se voltar para uma construção estética como sendo um sentimento, um sopro de tudo aquilo que vinha sendo guardado. - Matheus José



18. Grand Voyage - Tapeworms


Com uma linguagem de recomposição, este disco imprime a sensação de pertencer a momentos longínquos, quase inatingíveis. O álbum se manifesta como um caleidoscópio de experimentações em formatos que adaptam os sentidos ao gênero indie pop. É uma experiência totalmente psicodélica e contemplativa, destacando-se por ser um conjunto coeso de ritmos e texturas que flutuam nos mais diversos sentimentos, tudo isso embalado por um som futurista e cintilante. Um trabalho singular e de inovação no pop deste ano. - Viviane Costa



17. Sentimental Palace - YMA


Sentimental Palace marca uma virada na sonoridade de YMA: mais madura, psicodélica e guiada por arranjos que expandem seu dream pop em novas direções. O álbum equilibra nostalgia e renovação estética, explorando texturas experimentais, instrumentos de sopro e atmosferas que dialogam com sua trajetória no alternativo brasileiro. O resultado é uma obra que reafirma sua identidade enquanto amplia seus horizontes criativos. - Talita Mutti



16. The BPM - Sudan Archives


No final do ano fomos marcados por grandes lançamentos e The BPM é sem dúvidas um deles. Apresentando um lado mais eletrônico de Sudan Archives, o álbum traz uma coleção de músicas dançantes e envolventes misturando sua bela performance vocal ambientada no soul com toques de dance music e um synth pop refrescante, diferente do habitual na cena pop atual. É um álbum que se permite transitar entre espaços da música pop eletrônica sem perder uma essência mais ‘Renaissance’ de ser. É uma delícia! - Lucas Granado



15. Rock Doido - Gaby Amarantos


Gaby Amarantos consegue um ano de muito destaque e novos hits com o lançamento deste álbum, de forma muito merecida. A tradução de subgêneros e signos culturais em música é algo impressionante no desenvolvimento do disco, que passeia pelo tecnobrega, tecnomelody e funk, de forma muito fluida em uma experiência nonstop. Trabalhos como esse é uma das provas de que, mesmo não nascendo em determinado contexto cultural, podemos encontrar um espaço de pertencimento, ainda mais quando se trata de um álbum tão divertido e envolvente. - Lucas Granado



14. Coisas Naturais - Marina Sena


Desde a capa elaborada de maneira analógica, até a sonoridade autêntica, Coisas Naturais se consagra enquanto uma visão rica e única da artista mineira. Valorizando o imaginário orgânico, o disco é uma tentativa sutil de Marina Sena em se enquadrar nos aspectos marcantes do tropicalismo. Ardente, coeso e etéreo, o disco anuncia uma era bem-sucedida na carreira da cantora e reforça seu compromisso genuíno com a artisticidade. - Victor Hugo Aguila



13. I Love My Computer - Ninajirachi


Memes, creepypastas, jogos, amizades virtuais, fóruns de mensagem, anonimato, texto, exposição, relações, segredos, um universo na tela, um segredo compartilhado por uma rede global. Fazíamos piada com o filme “Ela” (Spike Jonze) e hoje estamos na era onde pessoas estão vivendo relacionamentos com o ChatGPT. “Foder meu computador pois ninguém no mundo me conhece melhor”, a realidade virtual como extensão de si ou como um paraíso idílico? O mundo de Serial Experiments Lain é aqui e agora. - João Pedro Leopoldino



12. MAYHEM - Lady Gaga


Lady Gaga retornou utilizando aspectos que a fizeram se tornar uma das maiores popstars das últimas duas décadas, sem muito segredo. Era tudo o que os fãs queriam, já que os últimos lançamentos da artista não atingiram as expectativas do público geral. O álbum apresenta ótimos refrões, que soam repetitivos e pegajosos, além de uma energia que lembra muito as obras de sucesso da cantora no início dos anos 2010. - Davi Landim



11. DeBÍ TiRAR MáS FOToS - Bad Bunny


Em DeBÍ TiRAR MáS FOToS, Bad Bunny entrelaça suas raízes caribenhas em tramas de reggaeton, salsa e bolero, em que cada batida parece sussurrar lembranças e fragmentos de uma história não contada. Sua voz revela desejos, memórias e as tensões que atravessam um país colonizado. O álbum respira o íntimo, transforma familiaridades em inquietações e faz do ritmo um gesto que olha para o seu lugar e para o mundo ao mesmo tempo. - Brinatti



10. Baby - Dijon


Família. Amor. Filhos. Mais filhos. Desejo. Medo. Dijon criou uma obra maximalista e ao mesmo tempo coesa sobre seu relacionamento com a esposa e seu filho, Baby. Seu segundo álbum é também uma espécie de contraponto ao imaginário atual do R&B (minimalista, sensual, apaixonante). Tudo explode, é colocado em cheque, cresce e é rompido. A voz de Dijon se multiplica em trechos de letras fragmentadas. Ao mesmo tempo, nada parece fora do lugar. O caos doméstico é de certa forma confortável. - Leonardo Zago



9. choke enough - Oklou


Oklou em choke enough cria um pop alternativo sombrio a partir do uso de eletrônicos que formam a atmosfera arrepiante do projeto. Isso junto também com o tom vocal excêntrico da cantora, uma voz suave e aguda, porém tomada por efeitos de reverb que fazem-na misturar excelentemente na atmosfera contemplativa da obra. choke enough é uma aula de como criar um pop alternativo inventivo e que explora a vertente pop em suas maiores potencialidades. - Davi Bittencourt



8. Addison - Addison Rae


Ao reformular sua identidade, Addison Rae transformou a imagem de celebridade trivial do TikTok em um potencial estrondoso da música pop. Os vocais sutis contrastam com os sintetizadores marcantes em seu álbum auto-intitulado, garantindo uma experiência sinestésica a quem o escuta. Diverso, palpável e com ricas referências, Addison demarca uma nova fase na carreira da norte-americana e a posiciona em um patamar inegável de estrela em ascensão. - Victor Hugo Aguila



7. The Passionate Ones - Nourished By Time


The Passionate Ones é a tentativa de Marcus Brown de ultrapassar seus próprios limites na música, ampliando domínios e, ao mesmo tempo, preservando a essência de seus trabalhos. A obra transita por diferentes estilos e busca explorar ao máximo a diversidade criativa entre eles. De forma irônica, cada faixa se acomoda aos ouvidos forma sutil, mas carrega um peso emocional, simbólico e crítico que evidencia o esforço lírico do norte-americano. - Talita Mutti



6. BLACK STAR - Amaarae


Esqueça tudo o que Fountain Baby te contou sobre Amaarae. BLACK STAR, o novo disco da popstar, traz uma história diferente: o frescor do afrobeats dá lugar à ardência da música eletrônica, que se desmancha no pop e no funk – tudo soa mais urgente e turbinado. O álbum ainda conta com produção dos DJs brasileiros Maffalda e Mu540. É o tipo de projeto que não pode passar despercebido e nem abre margem para que isso aconteça. - Marcelo Henrique



5. LUX - ROSALÍA


Em seu novo disco, ROSALÍA destrincha as dores presentes no processo de autoconhecimento, mas sem perder a autenticidade de sua arte. Ao criar um novo imaginário para a música pop, a espanhola mantém seu legado enquanto expoente fundamental da indústria fonográfica. Além do uso de instrumentos orquestrais e sintéticos, a estética angelical garante esse como um dos lançamentos mais emblemáticos do ano. - Victor Hugo Aguila



4. Fancy That - PinkPantheress 


Fancy That funciona como um resumo de tudo o que PinkPantheress vem fazendo desde que surgiu na música pop: um som que dialoga com a música eletrônica, refrões que ultrapassam o mero termo “chiclete”, e que servem como inspiração no k-pop, além de temas que capturam com precisão o que é ser jovem neste exato momento, nesta sobreposição de acontecimentos globais que parecem mudar nosso rumo o tempo todo. É a melhor música do presente, um reflexo quase inocente do agora. - Matheus José



3. EUSEXUA - FKA twigs


Apesar de FKA twigs sempre ter tido a eletrônica como uma referência forte em sua carreira, EUSEXUA é um de seus registros mais centrais e bem executados na abordagem da EDM. O disco traz novas possibilidades para o eletrônico da artista, a partir de novas referências para sua carreira, principalmente provenientes da música de vanguarda que ecoou nos anos 90, com a presença do trance e do downtempo, para criar uma obra sensual, hipnótica e misteriosa. - Davi Bittencourt



2. Through The Wall - Rochelle Jordan


Nas últimas semanas, Rochelle Jordan e seu produtor KLSH se engajaram em discussões sobre R&B e a aplicação descriteriosa para álbuns pop de artistas negros. Eles têm todo motivo para isso: Through the Wall é um álbum que deseja o controle da sua narrativa e celebra todo o legado da música negra dentro do pop, que entende o passado sem nunca deixar de olhar para frente. No final das contas, a música pop é sobre capturar um instante e torná-lo eterno, e tem vários momentos aqui que atingem esse clímax. - João Pedro Leopoldino



1. Lifetime - Erika de Casier


A cidade de Copenhagen tem atraído atenção com uma das cenas indie mais interessantes do momento e, no epicentro desse movimento, Erika de Casier se destaca com uma abordagem atmosférica sobre o R&B que ajudou a moldar o pop contemporâneo. No seu quarto álbum de estúdio, ela assina sozinha a composição e a produção pela primeira vez, e o resultado é uma obra onírica que traz elementos do trip hop e uma vulnerabilidade sincera. Canalizando os anos 90 de maneira muito elegante, Lifetime tem o mérito de ser reflexivo sem deixar de ser leve, como um devaneio despretensioso durante a noite. - gambito de rafinha

Aquele Tuim

experimente música.

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