Os melhores discos de 2025

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Uma lista com FKA twigs, ROSALÍA, d.silvestre, Klein, DJ RORO, Los Thuthanaka, Erika de Casier, DJ RD DA DZ7, Bad Bunny, PinkPantheress e mais!

Pode soar exagerado, mas 2025 é, de longe, um dos melhores anos da música em todos os tempos. Pra nós, que acompanhamos lançamentos de todos os tipos em grande quantidade, este ano ficará marcado por proporcionar uma ruma de discos excelentes em todos os níveis possíveis. Para o fã médio de música pop ou para as revistas e os nomes mais populares do jornalismo musical que ouvem/escrevem sobre os mesmos artistas de sempre, talvez 2025 não tenha sido grande coisa. E é justamente por isso que estamos aqui: pra mostrar tudo de mais interessante que esses 12 meses trouxeram, sem olhar para números ou para sites agregadores. Num ano com lançamentos dos artistas mais interessantes da atualidade e que passam longe dos grandes meios, como Dean Blunt, Vanessa Rossetto, Joanne Robertson, Los Thuthanaka, Rafael Toral, DJ Babatr, Weed420 e DJ Narciso, entre outros, e passando por nomes já bastante conhecidos como ROSALÍA, FKA twigs, Erika de Casier, Amaarae e PinkPantheress, os diferentes mundos – do pop ao experimental – coexistem aqui, nessa lista. E a nossa proposta é justamente fazer com que você, leitor, se interesse por tudo o que buscamos, às vezes nas profundezas, às vezes na superfície, selecionar como destaques neste ano incrível. Seu trabalho de pesquisar e conhecer novos artistas começa aqui!

A presente lista foi elaborada a partir de uma votação ponderada, considerando o top 15 individual de todos os nossos redatores e de todas as curadorias do site, com discos selecionados de 15/11/2024 a 15/11/2025.



30. With a Vengeance - SHERELLE


Nessa recente onda de música dançante, é interessante ver um álbum que vai fundo nas raízes do gênero, o jungle, apresentando uma roupagem que se mescla com a pura energia do footwork. E mesmo que sua proposta não seja criar algo novo nesses campos, o trabalho te prende do início ao fim, ainda que a maioria das faixas não sejam explosões instantâneas de euforia, sua construção propositadamente "bagunçada", que se revela ao final, torna a audição de cada faixa uma experiência no mínimo entusiante. - Antonio Rivers



29. big buraco - Jadsa

Jadsa fez, em big buraco, um clássico contemporâneo, com toda a tensão que essas duas palavras exprimem ao serem colocadas juntas. Ela demonstra um conhecimento e respeito profundos pela música brasileira e suas linguagens, mas não tem medo de transformá-las. Num delicioso estudo da canção, ela explora os fonemas da nossa língua brasileira e mistura a MPB setentista ao jazz, neo-soul, rock, reggae e o que der na telha. Mais do que seguir os passos dos gigantes, Jadsa trilha o próprio caminho como um nome incontornável da nossa música brasileira contemporânea. - gambito de rafinha



28. amor de encava - Weed420


amor de encava toma diversos aspectos adjacentes ao estilo de hypnanogic pop, focado em texturas nebulosas, hipnóticas, que criam uma sensação de nostalgia. O registro, no entanto, diferentemente da maioria das produções do gênero, que trabalham com a cultura pop dos anos 80, utiliza como base para suas manipulações sonoras a música latina. É um disco apaixonante em trabalhar com a criação de atmosfera nostálgica em uma visão latino-americana. - Davi Bittencourt



27. A.O.E.I.U. (An Ordinary Exercise In Unity) - Florence Adooni


Um highlife espetacular que rompe com qualquer expectativa do que costumamos imaginar sobre música góspel, entregando um som vibrante que traz diversos aspectos da cultura ganesa acompanhados pelos belos vocais de Florence. Não só isso, pois oscila entre momentos calmos e reflexivos e momentos de uma grande euforia influenciada pelo jazz. - Davi Landim



26. DeBÍ TiRAR MáS FOToS - Bad Bunny 


Não acho que seria exagero dizer que Bad Bunny já tem, pelo menos, dois grandes álbuns na sua discografia. DeBÍ TiRAR MáS FOToS, no entanto, é, quase que indiscutivelmente, a obra-prima do coelhão; um disco que despertou a paixão de toda uma comunidade. Ele lida com sentimento, tanto como combustível, quanto como efeito – é impossível não se emocionar com as últimas faixas, não apenas pela forma como a narrativa se constrói nelas, mas também porque ela é muito real para todos nós. - Marcelo Henrique



25. Garoto Pacífico - DJ RD DA DZ7


A produção explode em beats percussivos, acenos ao house e melodias que pairam o céu noturno de qualquer lugar onde o funk existe em São Paulo. É o trabalho mais interessante em estética e narrativa – sim, o funk também constrói narrativas – que o DJ RD DA DZ7 já lançou, porque cada grama de som soa puramente dele, e um bom DJ é aquele que consegue fazer suas marcas serem reconhecidas sem vinheta e coisa do tipo. RD é um deles e Garoto Pacífico é seu trabalho definitivo. - Matheus José



24. The Ancients - The Ancients


Remetendo aos trios de Free Jazz de Cecil Taylor e Ornette Coleman, The Ancients traz a liberdade e a criatividade que sempre esperamos nesse tipo de álbum. Cada um dos instrumentistas brilha à sua maneira, e mesmo que muitos confundam o “livre” desse estilo de jazz com desorganização, é majestosa a forma como eles criam um trabalho tão técnico e com tanta criatividade ao mesmo tempo. Definitivamente uma experiência única para qualquer ouvinte. - Tiago Araujo



23. Muzak for the Encouragement of Unproductivity - Jasmine Guffond
Errant Ear - Brunhild Ferrari


Um ato político e também uma peça musical sublime. Tentando criar uma antítese à Muzak, trilha sonora da exploração capitalista desde a década de 30 (que se metamorfoseou em playlists lo-fi para concentração nos dias atuais), Guffond cria uma peça em três partes que reverbera, literalmente, como um som saído dos galpões vazios da Amazon. Lenta demais, pausada demais, instigante e emotiva demais, é a música ambiente que simplesmente não serve como plano de fundo para os “trabalhos de merda”. - Leonardo Zago



22. RASGA! - LUCAS KID & Rxfx


Com uma coleção explosiva de faixas enérgicas e muito bem produzidas, o duo conseguiu lançar um dos EPs mais empolgantes do segmento. O disco aposta nos graves para impressionar e criar uma atmosfera envolvente, que aos poucos vai detonando repleto de beats dissolvidos, arenosos e chiados combinando com um ritmo único e peculiar. O que mais impressiona é a extrema força que os fones de ouvido fazem para reproduzir tamanha agressividade, nos permitindo sentir até mesmo fisicamente a força dessas faixas. O melhor trabalho do ano quando se trata de funk com muito grave e energia. - Lucas Granado



21. Iri.gram - Iri.gram


Um dos melhores discos de música eletrônica desta década, Iri.gram não apenas recai na facilidade descritiva de propor uma visão mais indefinida de estruturas dub. O disco, lançado pelo selo False Aralia – que tem reunido uma série de trabalhos com diálogo semelhante a este –, estreita laços com a não indiferença de tudo o que, previamente, podemos saber de eletrônica. Seu design, viscoso e acelerado, parece fluir com uma naturalidade mordaz, enquanto seus BPMs dão a impressão de serem usados como partes de um caminho que muda de direção o tempo todo. - Matheus José



20. Gambiarra Chic, Pt. 2 - Irmãs de Pau


Sendo o segundo (e último) álbum da dupla, Gambiarra Chic, Pt. 2 ainda carrega toda a criatividade, carisma, ferocidade, atitude, atrevimento, talento e coragem que vimos em todos os seus trabalhos até aqui, mas de uma forma mais lapidada e impossível de não se conectar. O álbum conseguiu expandir o nome das artistas entre o público LGBTQIAPN+ a partir da lógica funk/ballroom e parcerias eletrizantes, como a de Duquesa na icônica faixa “Queimando Ice”. Por isso é necessário reconhecer o potencial das Irmãs de Pau como artistas que unem, dentro do funk e hip hop, todas as pessoas marginalizadas assim como o próprio gênero, criando um espaço verdadeiramente seguro e inclusivo em todo lugar que sua música toca. - Lucas Granado



19. BLACK STAR - Amaarae


O pop criativo recheado de referências de diversas culturas é o que faz de BLACK STAR um dos melhores discos de 2025. O registro todo representa uma mistura formidável de música eletrônica de diferentes regiões do mundo, que demonstra a versatilidade de Amaarae numa abordagem que não perde o seu sentido de evidência das manifestações musicais africanas, mas as expande justamente a partir desse sincretismo cultural. - Davi Bittencourt



18. Fancy That - PinkPantheress


Um dos discos mais populares do ano, Fancy That consegue trazer de volta o UK Pop dos anos 2000, com músicas pegajosas e dançantes que tornam o disco fácil de se gostar. A mixtape possui apenas 20 minutos de duração, seguindo a ideia da vocalista de lançar músicas com pouca minutagem, algo que ela havia dito em entrevista no ano passado. Em aspectos líricos, o disco foca na sensualidade e desejos românticos na maioria das faixas, com letras objetivas e criativas. - Davi Landim



17. Time Flies - dexter in the newsagent


Pop perfeito, eu diria. Time Flies, primeiro projeto completo de dexter in the newsagent, é o que de melhor existe na recomposição do passado como parte de uma busca para completar o pop do presente. Enquanto mergulha em temáticas que vão do luto à busca de sentido na juventude, o disco aposta em canções que são estruturalmente simples – uma dúzia de acenos ao R&B da virada do milênio – e, ao mesmo tempo, recheadas de elementos que criam uma atmosfera viciante, enxuta. São faixas que grudam na cabeça, que têm uma leveza, uma doçura muito sensível e ingênua. É uma das coisas mais brilhantes deste ano. - Matheus José



16. Clube da Mariposa Mórbida - Akira Umeda e Metal Preyers


A colaboração entre Akira Umeda e a dupla britânica Metal Preyers resulta em um trabalho singular, composto por uma mistura de faixas experimentais que, embora diferentes entre si, mantêm uma coerência criativa sólida. É um disco em que cada faixa se apresenta como um universo próprio, sustentado por atmosferas densas e hipnóticas. Uma obra que se afirma pela consistência de sua estética e pela construção de paisagens sonoras instáveis e em permanente transformação. - Talita Mutti



15. Pictures Of The Warm South - Vanessa Rossetto


Trabalho que mescla com muita tranquilidade o uso de áudios de campo e estruturas sonoras formalmente musicais sem perder o seu foco: a construção de paisagens. A analogia pictórica aqui é muito relevante, já que a cada minuto, Vanessa parece pincelar espaços e cores distintas com suavidade, mesmo que mantenha o caráter abstrato e, muitas vezes indefinido dessas obras. Ainda sim, soa pessoal e íntimo, mesmo com registros cotidianos e seus esboços texturais. - Pedro Antunes de Paula



14. Various Small Whistles and A Song - Lia Kohl


Em 16 faixas de exato um minuto cada, Lia Kohl constrói um universo sonoro instintivo. Inspirado na obra de Ed Ruscha, o álbum se desenrola não como uma cópia, mas como um mundo de puro contato, onde texturas lúdicas emergem de sons corriqueiros e gravações de campo. O assobio, ato solitário, serve como contraponto a fragmentos de falas e sons coletivos, embora as peças sejam enxutas, elas são robustas prendem a atenção, transformando o cotidiano em uma experiência auditiva coesa e envolvente. - Antonio Rivers



13. Medio Grave - JLZ & GG


Um estudo – nada acadêmico – , mas com pesquisa e metodologia, sobre o avanço que o forró e seus desmembramentos estéticos provocaram na música brasileira (o piseiro). A mixtape aprofunda a visão de ritmo através das frequências médias e altas que se expandem nos paredões. Reunindo, por meio de uma curadoria que somente a imersão completa nos espaços em que os estilos aqui se perpetuam pode oferecer, dezenas de reimaginações e composições inéditas do gênero, e JLZ e GG expõem justamente isso, e mais: propõem uma visão de como sons e técnicas criadas para mover essas estéticas estão profundamente atreladas ao que se tem de música experimental com apelo popular hoje. - Matheus José



12. Live at Widney High December 26th, 1971 - The Pan Afrikan Peoples Arkestra


Trazendo arranjos de grandes nomes do jazz como Pharoah Sanders e John Coltrane, o disco ao vivo de inéditas do grupo Pan Afrikan Peoples Arkestra é potente por sua força histórica e pela síntese coletiva. Registro de uma cultura de shows gratuitos do grupo, aqui, após o natal em uma escola, o trabalho ilustra o chamado "Spiritual Jazz”, livre no grande time de sopros, imprevisível nas teclas de Horace Tapscott, mas, sobretudo, pela comunidade, para a comunidade. - Pedro Antunes de Paula



11. O Que as Mulheres Querem - d.silvestre



Os 20 minutos mais energizantes da música brasileira (por que não mundial?) em 2025. É um álbum de funk que é guiado por uma motricidade pungente cuja ênfase no ritmo é bem mais remetente a EDM em toda uma estrutura dj-set, menos interessado nas texturas e em abordagens abrasivas que o comum na discografia de Douglas Silvestre, mas que segue em frente como uma avalanche de beats que consomem a nossa mente. - João Pedro Leopoldino



10. Every Video Without Your Face, Every Sound Without Your Name - Lucy Liyou


O álbum constrói uma narrativa íntima sobre perda e afeto, guiada por um minimalismo que transforma silêncio em emoção. Lucy Liyou trabalha tensões entre relações românticas e familiares com sutileza, usando pausas, distorções e vozes etéreas para revelar camadas ocultas. A obra aposta na imperfeição como linguagem, criando atmosferas fragmentadas, melancólicas e humanas. - Talita Mutti



9. Through The Wall - Rochelle Jordan


Through The Wall se consagra como um dos grandes discos de 2025 pela consistência com a qual ele trabalha a fricção do encontro entre os diversos subgêneros da música house e o pop americano. É como se cada música contribuísse com uma faísca para a descarga elétrica que o álbum, como um todo, provoca no corpo de quem o escuta. E, ao mesmo tempo, é a procura por essa sensação que o torna tão viciante. Imagine só, algum lugar numa ilha com a brisa, o sol e esse disco. Não seria maravilhoso? - Marcelo Henrique



8. RELA - Negro Leo


Numa reflexão sobre as relações amorosas e sexuais na era dos aplicativos, Negro Leo não tem meias palavras pra expressar desejo e tesão. Com o trabalho mais singular da sua discografia, o artista faz músicas que escapam às estruturas convencionais da canção. Colagens de sons e de gêneros constroem a rica paisagem do álbum, que em simbiose com as letras de Negro Leo, colocam a corporeidade e seus desejos no centro. - gambito de rafinha



7. EUSEXUA - FKA twigs


Inspirado na cena techno rave de Praga, EUSEXUA adere muito bem às raízes vibrantes e noturnas da música eletrônica em paralelo com o pop, que se estabelece aqui através de referencias que vão de Madonna ("Girls Feel Good") a Kate Bush ("Keep It, Hold It"). Os vocais de twigs são um destaque a parte, principalmente em momentos como "Striptease", transportando o ouvinte diretamente para noites intensas e suadas das pistas de dança. - Vit



6. sleep with a cane - Klein


Acompanhar Klein é saber que haverá surpresa. sleep with a cane resgata o início de sua carreira, unindo música ambiente, colagem, gravações de campo e ativismo. Há reportagens, drones no limite do ruído, disparos que remetem ao cenário armamentista dos EUA e feats que vão de segundos a longos minutos. Não é apenas mais um álbum: é um mergulho no universo singular de Klein, onde surgem algumas respostas, muitas dúvidas e a briga entre um peso no peito e um alívio na nuca. - Leonardo Zago



5. Montagem Funk 3000 - DJ RORO


Em 12 minutos, o jovem DJ RORO cobre e redescobre características atemporais do funk. Ele cria, em Montagem Funk 3000, seu álbum de estreia, algumas das montagens menos despreocupadas da cena, e o faz através da sua imposição – quase como se criasse do zero – do agressivo. São 12 minutos incessantes com o que há de mais viciante no bruxaria. 12 minutos de um jovem dominando um gênero como ninguém. 12 minutos para RORO te convencer de que ele é o futuro do funk. E ele consegue. - Matheus José



4. M.B.D.T - DJ Arana


Não existe consenso quando o assunto é DJ Arana. Sua personalidade é repleta de controvérsias e polêmicas, enquanto sua obra parece se afastar cada vez mais de tudo aquilo que gira em torno do funk e de sua rápida – quase drástica – evolução ao longo da década de 2020. Suas músicas em M.B.D.T aderem a texturas secas, minimalistas, e ele brinca com os símbolos do automotivo e do próprio beat bruxaria. É um som que a cada dia parece mais estranho, mas que ecoa com força nas ruas. É um caso peculiar, a ser estudado. É a prova cabal de que, em uma das poucas vezes na história, a música experimental, de vanguarda, é ao mesmo tempo próxima do mainstream. E isso só poderia acontecer no funk, com ele. - Matheus José



3. LUX - ROSALÍA


Em LUX, ROSALÍA faz um trabalho bem ousado, misturando 13 idiomas nas suas músicas e trazendo uma pegada mais espiritual para o pop. Isso não é algo totalmente novo, mas ela conseguiu fazer de um jeito muito interessante, como de costume. O álbum foge um pouco do padrão do pop atual, sendo bem longo e recheado de metáforas religiosas, além de ter várias referências musicais, desde ópera e orquestra até sons mais modernos do pop contemporâneo. É uma obra de arte. - Vit



2. Lifetime - Erika de Casier


O efeito suspensivo é praticamente imediato. Desde o primeiro arranjo eletrônico até a forma hipnótica em que a produção – bem minimalista, partindo do trip hop até uma abordagem mais ambiental – domina todo o espaço. Erika de Casier está no controle e nos carrega no limiar entre o sublime e o transe profundo por meio de suas ondas sonoras hipnóticas. - João Pedro Leopoldino



1. Los Thuthanaka - Los Thuthanaka


O que dizer sobre um álbum que não remete a nenhuma outra coisa que existe no mundo? Que a carreira de Chuquimamani-Condori (Elysia Crampton, E+E…) é prolífica e lotada de grandes lançamentos é chover no molhado; de igual modo, seu irmão Joshua Chuquimia Crampton surpreendeu com um rock experimental maravilhoso e único em Estrella Por Estrella. Los Thuthanaka, de forma fria e técnica, é uma união dessas duas figuras fazendo o melhor que sabem, Chuquimamani-Condori transforma a mesa de DJ e instrumentos eletrônicos em ferramentas ancestrais e a guitarra de Joshua se metamorfa em um instrumento indígena. É possível afirmar categoricamente: não existe nome pra esse estilo de música ainda, é essencialmente contemporâneo, na mesma medida que a forma de ser contemporâneo é justamente ao buscar esses ritmos e formatos musicais que foram ignorados com o tempo (mas nunca esquecidos). De forma sentimental, o disco é ainda mais gigante, não só pelo exposto com relação a ancestralidade e comunidade indígena, mas por reafirmar posições de gênero, em especial da transexualidade, que sempre foi tema na carreira de Chuquimamani-Condori. É bonito demais, e merecidamente o melhor álbum do ano, escuta obrigatória. Clássico instantâneo. - Tiago Araujo
Aquele Tuim

experimente música.

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