Crítica | The Year I Turned 21


★★☆☆☆
2/5

Ayra Starr é uma artista em ascensão nascida na República do Benin. Atualmente, ela utiliza o afrobeat como seu principal gênero musical, mas consegue explorar outros gêneros como o R&B. Ayra registrou um crescimento entre os ouvintes após sua música “Rush” viralizar nas redes sociais. Na última quinta-feira (30), Ayra lança seu segundo álbum de estúdio, intitulado The Year I Turned 21, que abre portas para seu sucesso iminente na indústria, porém, como qualquer outra artista cuja exploração advém de sucessos quase instantâneos, há problemas dentro da obra que exploraremos mais a fundo.

O álbum conta com vários produtores, praticamente um para cada faixa dentre as 15 apresentadas, mas consegue ser contagiante em doses: algumas fazem você dançar e se sentir no topo do mundo, outras desanimam e deixam tudo muito maçante. O que torna este trabalho precioso é o talento vocal hipnotizante de Ayra Starr, que consegue fazer você prestar atenção palavra por palavra enquanto canta lindamente ao longo das faixas.

“Woman Commando” é, sem dúvida, uma faixa esquecível. A participação de Anitta não consegue ser de forma alguma marcante, nem a própria artista principal pode ser tão boa quanto as faixas que antecederam esta. “Rhythm & Blues”, por outro lado, é um afrobeats que combina bem o R&B e destaca os vocais de Arya — o ponto alto do trabalho. Em termos de produção, “Last Heartbreak Song” traz um sentimento diferente das demais, provavelmente também pelo envolvimento do cantor Giveon, que consegue dominar a música junto com Ayra e acompanhá-la muito bem.

The Year I Turned 21 pode te pegar em determinados momentos, mas sinceramente vejo como uma peça enjoativa no curto prazo, é uma boa escuta para você se divertir em festas e eventos, mas não para ouvir todos os dias e/ou casualmente. Ayra Starr é uma jovem artista que consegue entregar o seu melhor em muitas ocasiões, dessa vez ela entregou arroz e feijão bem feitos, mas não é uma porção grande o suficiente para me deixar satisfeita este ano.

Selo: Mavin
Formato: LP
Gênero: Música do Continente Africano / Afrobeats, Pop
Lucas Melo

Estudante de jornalismo, 18 anos. Amante da música e da cultura pop desde da infância. É crítico do Aquele Tuim, em que faço parte da curadorias de R&B e Soul.

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