As melhores músicas de 2024


Uma lista com FKA Twigs, Caxtrinho, d.silvestre, Charli xcx e Lorde, Luiza Brina e mais!

Pela segunda vez, o Aquele Tuim convoca seus redatores para refletir sobre o ano e apresentar a lista das 10 melhores músicas de 2024. Em um ano de grandes retornos, destacamos o triunfo de FKA twigs e Kendrick Lamar, o pop vibrante de Charli xcx, a ascensão do funk com d.silvestre e a ousadia experimental de Caxtrinho. Nossa seleção traz o que consideramos de mais relevante para você ouvir antes de 2024 chegar ao fim. Sabemos que cada gosto é único, mas, se nos der um voto de confiança, quem sabe essas músicas não se encaixam na sua vibe também? Deixe-se surpreender e descubra novos sons que podem se tornar essenciais para o seu ano.




10.
"Fup Vral"
DJ Anderson do Paraíso, MC Code, Sara Guedes & Mc Paulin do G


O mais incrível trabalho com samples e criação de atmosfera do funk nacional esse ano foi em Paraiso Sombrio. É difícil dizer, portanto, uma só música que sintetize todos os méritos desse EP, “Fup Vral” é apenas uma possibilidade. Com muitos elementos graves, elementos que remetem ao drill e um espaçamento entre os instrumentos na mixagem, criando também espaços de silêncio, DJ Anderson do Paraíso produz uma das músicas mais impressionantes e marcantes do ano. — Tiago Araujo




9.
“Branca de Trança”
Caxtrinho


Na sua melhor faixa, Caxtrinho mergulha no azedume do rock psicodélico para provar que é possível reconfigurá-lo dentro da música brasileira e não remeter ao passado. A ambiguidade rítmica criada a partir de ritmos afrobrasileiros, sambismos afogados por uma forma de composição anômala, e, obviamente, a estruturação sem esqueleto de uma discussão sobre racialidades brasileiras única do século XIX; tudo isso representa um futuro brilhante para a nossa música. "Branca de Trança" é, quiçá, a faixa que melhor discute o que é e como fazer música brasileira na contemporaneidade. — Sophi




8.
“Castlevania”
Matuê


Grande destaque de 333, “Castlevania” é um exemplar da fusão trap-pop-R&B que define os passos de Matuê até aqui: tem um beat que maximiza a ambiência densa e reverberada do plugg e do cloud rap, um apelo comercial fortíssimo nas melodias, e um flow quase cantado que engata na primeira nota e se recusa a parar até a última. Mais do que isso, é uma faixa que se afasta sutilmente da narrativa óbvia de ostentação — Matuê faz questão de exaltar suas conquistas, e isso tem um poder de identificação imensurável. — Marcelo Henrique




7.
“Not Like Us”
Kendrick Lamar


Uma diss que praticamente pôs um fim na “disputa” entre Kendrick Lamar e Drake. Com acusações pesadíssimas contra o rapper canadense, “Not Like Us” não se sustenta somente por polêmicas, afinal, o beat e o flow de Kendrick são brilhantes e dão extrema epicidade para a canção. — Davi Landim




6.
“Oração 18 (pra viver junto)”
Luiza Brina


O lado ruim de “Oração 18 (pra viver junto)” é que acaba. Os sons, suaves e por vezes intensos, equilibram individualidade e conexão, com imagens poéticas sobre encontros e esperas. A dualidade entre tempo e ciclos necessários para florescer antes de compartilhar é trabalhada com delicadeza. Forte, poético e leve, é marcante em sua efemeridade. Em 2024, diga-se de passagem, não há ninguém na música como Luiza Brina. — Brinatti




5.
“من النهر”
Ethel Cain


All your money and good deeds / Will not return my blood to me / From the river to the sea / Please do not forget me


Em “من النهر” (Através do Rio, em português) as poucas notas de piano e a simples poesia das letras é inigualável. A escolha do minimalismo para a composição é certeira, pois é um estilo que pode passar um vazio impossível de se descrever através das palavras, uma ausência de felicidade, futuro e calor extrema. É uma exposição pungente do genocídio étnico israelense contra palestinos. — Sophi




4.
“Death & Romance”
Magdalena Bay


Imaginal Disk é um álbum recheado de canções envolventes, principalmente "Death & Romance", em que a dupla se aprofunda em sintetizadores e cria uma melodia irresistível e viciante. A letra, por sua vez, é igualmente magnética, trazendo uma reflexão sobre a fragilidade das relações humanas. Ela aborda dois temas muitas vezes considerados injustos, mas também inevitáveis: a mortalidade e o amor. — Vit




3.
“Eusexua”
FKA Twigs


Eusexua” é surpreendente. É a união perfeita de elementos que FKA Twigs domina, que transforma a mente do ouvinte e traz aquela sensação de poder, de força que sempre esteve presente desde o primeiro vislumbre de sua nova era. Embora os primeiros minutos não sejam tão emocionantes, o refrão compensa toda a espera com um lindo momento criado pelos vocais da artista. Sem dúvidas, FKA Twigs está diante de uma arte sem limites, linda de ouvir e cada vez mais refinada. — Lu Melo




2.
“Taka Fogo em Kiksilver”
d.silvestre, MC MTOODIO, MC LELE 011 & DJ Pablynh da 017


Unindo uma explosão de sonoridades e nuances, d.silvestre, uma das principais figuras do funk atual, entrega uma faixa que não só desafia o gênero, mas o transforma. "Taka Fogo em Kiksilver" é uma montanha-russa sonora: a produção, cuidadosamente detalhada, alterna entre momentos de euforia intensa e sutilezas que nunca deixam a energia cair. Cada som, até os mais discretos, como um tambor suave em meio ao caos, é posicionado para manter a música vibrante e imprevisível. — Antonio Rivers




1.
“girl, so confusing featuring lorde”
Charli xcx & Lorde


Charli xcx, em uma atitude nada BRAT, expõe suas inseguranças e as percepções distorcidas que acredita que Lorde tem sobre ela. Embora a música não seja um marco de originalidade, com um electro pop um tanto datado, é justamente nesse espaço de “não há mais nada a explorar” que Charli cria algo viciante e energético. As declarações das duas artistas são cruas e sinceras, sem metáforas, o que torna a faixa um dos destaques do ano, pela sua autenticidade e honestidade. — Antonio Rivers
Aquele Tuim

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