Crítica | Liam Gallagher & John Squire

 


★★☆☆☆
2/5

Por mais que a dupla tente realizar uma atmosfera psicodélica ao longo do álbum, tudo o que conseguem são performances medíocres e uma desarmonia abundante. O que mais impressiona é, certas vezes, o desleixo de John Squire em grande parte do disco. O guitarrista, que fez um ótimo trabalho enquanto integrante do The Stone Roses, parece completamente sem inspiração e soa genérico, inofensivo, como se estivesse no projeto apenas para sair do tédio.

Liam Gallagher, por sua vez, parte em uma direção diferente ao se aventurar no blues rock. É claro que tentativas são sempre válidas, mas, pelo conjunto da obra, não dá certo. Os elementos de britpop estão presentes em massa, como já era de se esperar, nos mostrando um pouco da nostalgia de Oasis quanto à suavidade em respectivas canções, sendo este o ponto mais forte do álbum, principalmente para quem é fã da ex-banda britânica.

Nas letras, o disco pouco brilha, e nos traz tentativas equivocadas de certo rebeldismo em algumas delas, que chegam a ser extremamente cômicas, como: “Thank you for your thoughts and prayers and fuck you too”, em “Make It Up As You Go Along”, por exemplo.

A volta de Squire após vinte anos do seu último projeto é esquecível, enquanto Liam Gallagher segue a linha de trabalhos medianos e simples relembrando os “bons tempos” de Oasis. Entretanto, para quem é fã dos trabalhos anteriores do duo, pode ser uma boa pedida para matar a saudade.

Selo: Warner
Formato: LP
Gênero: Rock / Blues Rock, Neo-Psychedelia
Davi Landim

Meu nome é Davi, curso jornalismo e sou viciado em escrever sobre música. No Aquele Tuim, faço parte da curadoria de Rock.

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