Recap Mensal de Singles AT | Março (2024)

A recapitulação mensal contendo os melhores singles do mês.

Março começou um pouco fraco. Poucas músicas tinham se destacado na primeira metade, mas na segunda uma enxurrada de lançamentos incríveis veio à tona, todos eles muito livres, oscilando entre diversão e singularidade. Da plasticidade nordestina à blockbusters de terror, nesse mês tivemos de tudo, vem ver como foi!




9.
“Cinderella”
Remi Wolf

Após os maravilhosos Juno e I'm Allergic To Dogs!, Remi Wolf inicia sua próxima era com “Cinderella”, uma composição simples comparada a outras de sua autoria como “Photo ID”, mas que acerta em cheio na razão exposição para retração. A faixa é um símbolo de celebração do eu, da liberdade total de Remi, como mulher ou não, porém, ela mesma admite que sente uma insegurança inevitável enquanto demarca suas auto afirmações e festejos jubilosos. Esse jogo de sentimentos e aparências é tão convidativo quanto o instrumental semi caseiro e veranil, que resgata o sophisti-pop com a corda vibrante do bedroom pop de artistas como Mac DeMarco (que, inclusive, aparece no clipe da música).

Entretanto, há um grande problema na faixa que a impede de atingir o status de estrelato: a ausência de uma decisão forte da cantora. Não me leve a mal, os trompetes são sim irresistíveis, mas cadê o teor queer? A ressignificação através da subversão do passado é a melhor característica de Remi, a estética data mosh unida pela estranheza LGBT do bedroom pop com o camp do funk eletrônico, a combinação de Beck com Erykah Badu… cadê? “Cinderella” é muito segura para a cantora, mas não deixa de ser viciante, muito bem escrita e performada.

Selo: Island Records
Gêneros: R&B / Sophisti-Pop, Synth Funk, Bedroom Pop




8.
“KETAMINE”
Playboi Carti

Para onde irá Playboi Carti? Depois de extrapolar os limites do trap não uma, não duas, mas três vezes — com destaque óbvio ao reset cultural que Whole Lotta Red foi —, o futuro de sua sonoridade vem sendo um mistério. Todos os supostos singles do próximo álbum, supostamente chamado MUSIC e que será, supostamente, lançado ainda neste ano, são radicalmente diferentes entre si. Tivemos os transcendentais, leves, típicos do cloud rap (“Ur The Moon” e “2024”), e os mais espirituais, pesados, típicos do trap (“H00DBYAIR” e “BACKR00MS”). A partir deles eu imaginei que tinha encontrado um tema, uma baboseira de retroalimentação do trap com os vários estilos da música eletrônica, alguns dos que pensei até considerados “avant-garde”. Imaginei até que seria um resgate ao passado do rapper que almejava, através das bases, formas que nunca testou no trap. Mas eu estava dolorosamente errada.

Primeiro veio “EVILJ0RDAN”, uma repetição irritantemente simples que não se encaixa em nada feito pelo Carti até então, e agora veio “KETAMINE”, que é uma continuação direta, ponto por ponto, de Whole Lotta Red. Nenhuma destas se encaixa nos temas que eu busquei, e talvez seja isso que MUSIC se proponha a ser: uma coletânea de singles que pouco se relacionam, que marcham a sítios estéticos totalmente diferentes, que admitam uma variabilidade e liberdade artística irrefreável. Mas o mais animador sobre isso é o fato de ser impossível de sequer afirmar se o projeto será incoerente ou não, se é que ele conterá qualquer um dos singles lançados, se é que são singles — já que metade foi postada apenas no Instagram. Qual foi a última vez que um artista foi tão imprevisível?

Selo: Opium
Gêneros: Hip Hop / Rage
Assista ao IG Video aqui.




7.
“superpuss”
Ayesha Erotica

Olha quem voltou! Quer dizer, o último lançamento da popstar Ayesha “Beats by Boobie” Erotica foi em dezembro de 2023, “May Showers”, single inspirado pela universalmente amada PinkPantheress, mas o último relevante — se é que a embaixadora global do cunt já foi relevante em qualquer momento da história — foi “Vacation Bible School”, de 2018, que, por sinal, é uma de suas melhores. Para além do passado, aqui temos um registro fenomenal, escrito nas “sessões” das quais a onda inacreditável de lançamentos de 2016 — que inclui o sensacional Big Juicy — da cantora surgiu.

Uma música de dois minutos e meio de electroclash de uma das maiores artistas que já passearam pelo gênero, que entra em loop de forma imperceptível e que tem um refrão mais difícil de tirar da cabeça que tirar cera de vela da camisa? Que tem vocais adoçados através da adição direta de Adoçante Zero-Cal na aparelhagem e que ostenta a porquice irrefreável dos opioides na forma dos sintetizadores? “superpuss” é justamente o que eu precisava em 2024. Absolutamente inescapável.

Selo: Independente
Gêneros: Eletrônica / Electroclash, Eletropop, Pop Rap




6.
“Unfinished Business”
Nia Archives

Sim, é o terceiro single que Nia Archives lançou no ano e é o terceiro que aparece nos recaps, ela é boa assim. Já não basta ser uma excelente programadora e escritora, tem algo de muito especial nos singles para Silence Is Loud, que será lançado em 12 de Abril, um peso — de uma pluma de aço — sentimental que só existiu em algumas poucas bandas indie dos anos 2000. Uma névoa gélida por debaixo dos panos, um amargor de terra molhada que se encaixa em meio às melodias pop perfection e as baterias aceleradas; é um sentimento intangível, provoca o choro e a saudade do que nunca foi. Se ainda não ouviu nenhum dos três maravilhosos singles, nem o fenomenal EP Forbidden Feelingz, o que está fazendo?

Selo: HIJINXX, Island Records
Gêneros: Eletrônica / Liquid Drum and Bass, Jungle, Indie Pop




5.
“Ai Ai Ai Mega Príncipe”
Pabllo Vittar

Você já leu, ouviu ou assistiu as críticas feitas ao Batidão Tropical? São todas muito semelhantes, questionamentos sobre “ser apenas uma coletânea de covers”, “ser simploriamente parte da ressuscitação do tecnobrega fora do Norte”, ou, criminalmente, “estar roubando o trabalho de grupos de brega que realmente fizeram um esforço” — imagine não achar que todos esses pontos são mais que positivos. O mais próximo que tivemos de ter uma Arca no país, o álbum é uma releitura estupenda do tecnobrega e um gigantesco manifesto da cultura cover brasileira, tanto por atingir níveis críticos de camp — e, consequentemente, envolver um crucial subtexto/texto LGBT no disco — quanto pelo talento vocal e criativo ímpar de Pabllo.

“Ai Ai Ai Mega Príncipe” não é nada além dos pontos citados, mas diligente ao retomar a temática de seu melhor trabalho logo após o polêmico Noitada — e o excelente AFTER —, o resultado foi um de seus melhores lead singles.

Selo: Sony Brasil
Gêneros: Música Brasileira / Tecnobrega




4.
“Cheerleader”
Porter Robinson

Eu adoro tudo que o Porter toca. Nurture é um dos meus álbuns que mais ouvi na vida e seus outros trabalhos, como Worlds e a icônica "Shelter", são quase tão importantes para mim. O que, claro, pode ser resumido às melodias e letras acessíveis, mas não é esse o motivo, as pessoas se atraem pela música do cantor por representar seu mais frequente sentimento: uma constante melancolia disfarçada por máscaras de euforia, ora tecnológicas ora bucólicas. No século XXI, na era da internet, das desilusões com a ficção científica, a música de Porter cai como uma luva nas mãos do jovem, desolado entre equilibrar sua mágoa com o virtual e o real. Isso o fez ganhar uma legião de fãs, uma mais ou menos dependente e mais ou menos obsessiva.

"Cheerleader" é sobre a relação conturbada que o produtor tem com seus fãs e a que seus fãs têm com sua arte. Como todo seu trabalho, as letras são simplistas ao extremo, de facílimo entendimento, mas diferentemente do questionamento da vida pelas IAs de Worlds e da batalha contra a depressão em Nurture, seu novo single é assumidamente cafona. Nele, o característico eletropop de Porter, ao invés de flertar com gêneros eletrônicos como o glitch pop ou o electro house, flerta com o rock meloso do emo-pop e seu respectivo drama emocional.

Assim, ela supera a vontade de ser levada a sério, é quase como se dissesse: "Já passamos por tudo aquilo, que tal irmos sem preocupação dessa vez?" A faixa é, além do anúncio de uma nova era, um convite de aceitação aos fãs, aceitação da própria cafonice, de se libertar das suas próprias amarras e das relações, assumir um compromisso com o outro sem comprometer a si mesmo, sua vida, seus outros amores. É uma carta de amor e de término ao mesmo tempo.

Selo: Mom+Pop, Sample Sized
Gêneros: Pop / Eletropop, Emo-Pop, Indietronica




3.
“Like That”
Future, Metro Boomin & Kendrick Lamar

Originalmente lançada como parte do álbum WE DON’T TRUST YOU, de Future em colaboração com o produtor popstar Metro Boomin, e posteriormente lançada como single nas rádios americanas, “Like That” veio sem aviso prévio algum. Não houve nenhum indício nos últimos anos da volta do crunk, ritmo nichado do hip hop dos anos 2000 iniciado por Three 6 Mafia e Lil Jon, e era inesperado que, dentre todas as pessoas, Metro Boomin seria o responsável por (ass)assinar um beat desses. É necessário um nível de entendimento do crunk e do memphis imenso para efetivar um beat tão perfeito e ainda engenhosamente adicionar características autorais, derivadas do trap moderno e presentes no trabalho do produtor.

Mas o melhor beat já feito pelo Metro Boomin não é o único destaque da faixa, embora seja o principal motivo da faixa ter chegado a #1 nos charts. Em seu verso, Kendrick Lamar teve uma compreensão completa do beat e decidiu incorporar influências do hardcore de seu lugar de origem, a west coast, no seu novo estilo de flow visto em músicas como “The Hillbillies”. Entretanto, para além de um flow extremamente divertido e (falsamente) espontâneo, Lamar estava esfomeado para lançar suas melhores letras de ataque ao Drake e J. Cole. É impressionante o quão carregados de indiretas cada um dos versos são, é um minuto inteiro de fofocas, intrigas, ofensas, referências e intensidade; é um minuto inteiro de hip hop.

No fim, alguém precisava começar rivalidades no cenário mainstream para agitar a mídia e ressuscitar, comercialmente, o hip hop — não é à toa que algumas das faixas mais famosas de artistas como Biggie, Tupac, Pusha T e Jay-Z são os chamados disses. Bem, quem melhor para fazer isso que Kendrick Lamar? O Future certamente quem não é.

Selo: Boominati Worldwide, Epic, Freebandz, Republic
Gêneros: Hip-Hop / Crunk, Memphis Rap, Trap




2.
“Mary Boone”
Vampire Weekend

Admito: nunca me importei com o trabalho de Vampire Weekend ou sequer me dei o trabalho de ouvi-lo, porém, ouvir esse single definitivamente me fez me sentir como uma completa idiota por ter ignorado a banda por tanto tempo. “Mary Boone” apresenta um sample de Soul II Soul, grupo famoso pelo fantástico Club Classics Vol. 1, que transmuta a faixa passando de um nada minimalista chamber pop para uma reimaginação barroca da música eletrônica, incluindo coros e sessões de violino. É arrasadora de linda.

Não somente arrasadora de linda e complexa no instrumental; é também uma ótima canção que relaciona amor, lugares de construção de afetos e arte. O eu lírico se encontra numa mudança dentro de Nova Iorque, e, durante esse processo, ele tanto se conecta emocionalmente com a vida das cidades, a humanidade das florestas de pedra, quanto sente-se atraído pela memória de seu relacionamento com Mary Boone, gigante das galerias de arte nova iorquinas nos anos 80. Nesses pontos, há um laço fabuloso entre o comércio e amor pela arte e entre os humanos, como sistemas que ora se entrelaçam, ora se antagonizam — é facilmente uma das composições mais bonitas do ano.

“And hex-sign barns, Ando churches / And whirling dervishes, long exposures / And these two tunnels go west and east / Let me bring you my masterpiece / You're the author of everything / Use this voice and let it sing”

Selo: Columbia
Gêneros: Rock / Chamber Pop, Baggy, Indie Pop




1.
“<Pre 1 : Birth>”
ARTMS

Qualquer grupo da quinta geração do k-pop que se preze tem no mínimo uma música que incorpora o drum and bass. Parte da tendência y2k, o ritmo conhecido pelos jogos de Playstation 1 e 2 está por toda a parte — especialmente após o surgimento da diva pop de paraquedas PinkPantheress. Esse renascimento vem convidando as pessoas a cada vez mais buscar por gêneros dos anos 90 e 2000 da música eletrônica. Ademais, temos, também, a tendência do "mixxpop", termo criado a partir do grupo NMIXX, que se baseia em evitar ficar quinze segundos no mesmo gênero, ideia ou tendência. No geral, ambos eventos fizeram com que houvesse uma busca por conceitos alternativos tanto no passado quanto no futuro, logo, é possível categorizar "Birth", do grupo ARTMS, como uma conformação e uma rejeição desse pensamento.

Sem entrar nos meandros do videoclipe e lore da faixa — que, por sinal, são de cair o queixo —, ela em si já é interessante por representar uma negação e aceitação do aspecto pop do k-pop. Notavelmente, pois é feita totalmente de passagens, pois nenhuma sessão dura mais que trinta segundos e nenhuma delas tem melodias destacadamente envolventes; nenhuma delas é simples. Porém, simultaneamente, ela se inclui no pop através da atmosfera "terror pop" e da incorporação de um estilo do drum and bass, o neurofunk. Mas, como deve perceberam, ninguém conhece o neurofunk. É um estilo de nicho específico da segunda metade dos anos 2000, e escolher justamente ele evidencia uma vontade de quebrar os padrões, mesmo estando nos padrões. A faixa é uma constante construção de tensão, fugindo o mais rápido que pode da eventual quebra desta.

"Birth" é um marco único no k-pop, com técnicas de produção e decisões estéticas frescas — advindas da música eletrônica vista no alt-pop de artistas como Billie Eilish — ao gênero. Ouvi-la pela primeira vez foi um choque completo, quem imaginaria algo tão diferente assim? Após tripleS, ODD EYE CIRCLE e agora ARTMS, parece que a MODHAUS veio para ficar.

Selo: MODHAUS
Gêneros: Música do Leste e Sudeste Asiático / K-Pop, Alt-Pop, Neurofunk



Menções Honrosas:


“Alter Ego”
Doechii feat. JT

Embora o campo radioativamente misógino dos fãs de rap americanos esteja odiando “Alter Ego”, para aqueles que não se importam com seriedade e sim com um trabalho de referências e execução divertidíssimo, os drops de hardbag com certeza irão lhe interessar. Porém, lamento de antemão pela faixa ser tão americana.

Selo: Capitol, Top Dawg
Gêneros: Hip Hop / Pop Rap, Hardbag, Hardcore




“Docket (feat. Bully)”
Blondshell

Blondshell surgiu na música como se fosse uma bebê nascida com 5 anos, um som já amadurecido, direto e, por isso, por vezes tedioso — por mais que o TikTok discorde. Contudo, inesperadamente, seu último single, “Docket”, é tudo que precisava ser melhorado em seu debut: mais melódico, mais inspirado por Little Girls e menos óbvio.

Selo: Partisan
Gêneros: Rock / Indie Rock, Alternative Rock




“Gerando na Alta”
Céu & anaiis

Mesmo não tão característica como o resto de seu trabalho, em especial com o quão pouco significativas as letras são, “Gerando na Alta” é ainda um produto sensível, de volume tátil. Então, principalmente pelos arranjos orquestrais, que apoiam lindamente a quase-arriscada bossa nova, digo que o single, no mínimo, merece uma tentativa. Você possivelmente gostará mais que eu.

Selo: Urban Jungle
Gêneros: Música Brasileira / Pós-MPB, Art Pop




“it’s nothing”
quinn

Sampleando a péssima “I Wouldn’t Mind”, da banda praticamente one hit wonder He Is We, “it’s nothing” não é exatamente um retorno à forma, mas um interessante próximo passo. O self-titled da mestra em experimentalismo dentro do campo do hip hop e da música eletrônica é excelente, e, mesmo que translúcidas, é possível notar as linhas de cruzamento entre o mundo micênico do projeto citado e o single aqui presente — um elogio que não foi dado a sua leva decepcionante de 2023. Assim, genialmente, “it’s nothing” contrasta na sua cara o trabalho vulnerável, vergonhosamente adolescente e patologicamente simplista da produtora com seu lado grandioso e internético.

Selo: Independente
Gêneros: Hip Hop / Trap, Digicore, Emo Rap




“Live Forever”
Lancey Foux

“Live Forever” só poderia suceder nas mãos do sommelier de melodias Lancey Foux. Básica? Talvez. A ideia de juntar uk drill e new jazz não é inovadora, muito menos excitante, mas o rapper está tão confortável em sua especialidade que tais modismos tão escancarados podem passar despercebidos entre os refrões e o final espiritual — a melhor saída “Mike Dean x Travis Scott” desde 2018.

Selo: RCA
Gêneros: Hip Hop / New Jazz, Cloud Rap, UK Drill




“Next Semester”
twenty one pilots

“Overcompensate” não foi uma música muito boa. Se perdia em meio ao caos autoimposto de seu melaço de insetos esmagados de influências musicais, sem direção de onde ir pela falta de referências do duo. Já “Next Semester” é uma música muito boa justamente por ser o completo oposto. O duo abraçou o que sabem fazer de melhor: melodias pop para cavucar o seu tímpano com instrumentais de rock alternativo extremamente acessíveis, agradáveis, e levemente especiais. Não há nenhuma amostragem excessiva de talentos irreconhecíveis; ao prometer uma música de post-punk indie, é entregue exatamente isso.

Selo: Fueled by Ramen
Gêneros: Rock / Post-Punk Revival, Power Pop




“WE INVENTED LOVE”
Frost Children, Dorian Electra & atlgrandma

Criada durante as turnês de Frost Children e Dorian Electra, que já foram e serão realizadas, “WE INVENTED LOVE” é mais uma deliciosa incorporação da música EDM no pop — se bem que, a esse ponto, não sei onde que traçamos a linha que separa ambos gêneros —, mesmo que eu desejasse, no entanto, que fosse mais subversiva. Gosta de Crystal Castles, Charli XCX, Easyfun e cerca de 10% do trabalho de Dorian Electra? Não se arrependerá, é tão gay que machuca.

Selo: Independente
Gêneros: Eletrônica / New Rave, Electro House
Ouça a música pelo Soundcloud aqui.



Ouça a playlist:

Sophi

Sophia, 18 anos, estudante e redatora no Aquele Tuim, em que faço parte das curadorias de Rap e Hip Hop e Experimental/Eletrônica e Funk.

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