Crítica | I quit

★★★☆☆
3/5

I quit, novo trabalho das irmãs HAIM, entrega exatamente o que elas sabem fazer de melhor: um bom soft rock. A nova era da banda chega cheia de referências à cultura pop, tanto na estética, com divulgação de fotos que reinterpretam cliques de paparazzi de celebridades dos anos 2000, quanto na própria sonoridade. Logo na abertura, "Gone" já demonstra essa energia do álbum, com um sample do hit “Freedom! ‘90”, de George Michael. É, sem dúvidas, uma das faixas mais divertidas do disco, marcada por linhas de guitarra e elementos do rock clássico.

Apesar do estilo moderno da banda, o trio mantém viva a essência do rock americano antigo. As influências de country e folk, presentes desde o debut, seguem firmes aqui e aparecem em quase todas as 15 faixas. É um som que soa atual e clássico ao mesmo tempo. "Take Me Back" é um ótimo exemplo disso. As cordas e a gaita parecem ter saído do velho oeste, mas a adição de elementos indie pop consegue deixar tudo mais atual.

Mas nem só de cordas de violão e guitarra vive esse álbum. Fugindo um pouco dessa vibe, mas ainda muito ligado na nostalgia, "Million Years" se destaca pelo instrumental de drum n bass e breakbeat, com vocais acelerados que mostram, mais uma vez, o quanto o trio gosta de explorar antigos gêneros musicais em suas músicas. "Spinning" é outro ponto alto de I quit. Essa se destaca pelo seu pop dançante acompanhado pela voz introspectiva de Alana Haim. É uma faixa de discoteca que se distancia bastante do rock alternativo que domina o restante do álbum.

Em I quit, o trio HAIM joga no seguro, mas isso não é um problema. Não foge muito do que elas já vinham fazendo, mas quando é bem feito, tá tudo certo. E aqui, é bem feito. Apesar de quase uma hora de duração, não é um trabalho cansativo para fãs do gênero. Porém, não é um disco que se destaca em sua pequena discografia.

Selo: Polydor
Formato: LP
Gênero: Rock / Soft Rock, Pop Rock